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Comunidades

Comunidade Santo Antônio

Nossa história começou assim: na década de 1930 a Comunidade se chamava lto Raso Feio. Os primeiros moradores foram: Augusto Stüpp, seus filhos Bernardo, Nicolau e Pedro, Antônio Scharf, Manoel Tavares, Bernardo Coelho, José Haverroth, irmãos Esser, irmãos Oterdeng, irmãos Leonardo e Ricardo Höepers, Guilherme Warmling, José Pickler, Humberto Klaumann, Humberto Hellmann, Alberto Petry, Pedro Gesser, José Schmidt e outros.

Como não havia igreja eles se reuniam para o Culto Dominical na casa de Augusto Stüpp.

Em 1937 os moradores do então Raso Feio, em mutirão, construíram a primeira capela, que teve como padroeiro São Martinho.

Havia muita dificuldade. Até 1935 só existia uma picada para passar a pé ou a cavalo. Mais tarde o povo fez sua própria estrada com enxadão e picareta, podendo passar carroças. José Schmidt ficou encarregado de conservar a estrada. Este saía de madrugada com picareta, enxadão, pá e um pedaço de pão nas costas e ali permanecia todo o dia.

Quando foi fundada a Comunidade de São Martinho ainda não existia Santo Antônio, sendo uma comunidade apenas, frequentando-se a igreja local. Como o Padre ia à Comunidade poucas vezes, quase todos os casamentos e batizados eram feitos em Ituporanga, e tudo era pago, pois, naquela época, não se contribuía com Centésimo ou Dízimo.

No dia 22 de novembro de 1937 as crianças fizera, a Primeira Comunhão em Santa Tereza, porque a igreja ainda não estava pronta. Depois da igreja construída tudo era feito na Comunidade.

O povo era muito devoto, os primeiros cultos ou “rezas”, como eram chamados, eram em alemão. Rezava-se o terço e as pessoas se reuniam em uma casa para rezar.

Depois, em 1940, começou-se a falar em português e o Padre rezava a missa em latim.

O professor, além de lecionar, também dava catequese e era capelão. Os materiais mais utilizados eram o catecismo, e para as celebrações usavam o livro “Aleluia”.

O presidente da Comunidade e o professor eram os líderes e todos acompanhavam. A comunidade era muito unida.

Uma vez que a comunidade foi crescendo, tornou-se necessária uma nova capela.

A primeira capela se encontrava onde hoje é o Cemitério. Em reuniões não se chegava a um acordo sobre a mudança da capela, existindo um motivos políticos, e a comunidade ficou dividida.

Como a parte de baixo tinha a maioria de pessoas, um dia, de surpresa, arrancaram a capela de São Martinho, a escola, o botequim, e levaram tudo, construindo onde hoje é a Comunidade de São Martinho. Isso aconteceu em 1956.

As trinta e poucas famílias da parte de cima não sabiam o que fazer. Então em 1957 resolveram construir outra capela. Enquanto a capela não estava pronta eram feitas orações aos domingos na casa de Nicolau Stüpp. Essas famílias se reuniram, doaram madeira e mão-de-obra e logo ficou pronta a nova capela. Antônio Lázaro Hillesheim doou a imagem de Santo Antônio, que hoje dá nome à Comunidade. Assim começou a Comunidade de Santo Antônio, formando duas comunidades. Santo Antônio conta, hoje, com 82 famílias.

No ano de 1937 ainda não havia igreja. A primeira Missa em Raso Feio foi presidida pelo Pe. João Gruber na casa de Augusto Stüpp.

Depois o Pe. Francisco Spott e Pe. Pedro Heisel atenderam a Comunidade. Em Santo Antônio a primeira Missa foi presidida pelo Pe. Daniel Fedel no ano de 1959, com a Primeira Comunhão de 28 crianças.

Os primeiros Ministros da Comunhão surgiram nos anos 1980 e foram recebidos bem pela maioria. Os primeiros ministros foram Lorival e Lindolfo Stüpp.

Nas festas do padroeiro, como era proibido dançar nesta época, havia um casal que animava a festa. Havia cantotia com conjuntos, como o dos irmãos Stüpp e Schmidt. O conjunto era formado da seguinte maneira: Arnoldo Schmidt (violão), Edmundo (cavaquinho), Bernardo Stüpp (violino) e Pedro Stüpp (sanfona). Todos se divertiam e cantavam juntos. Não havia bebedeira. As únicas bebidas eram a Gasosa e o Capilé. Alguns dos mais velhos tomavam uma “pinguinha”, como eles mesmos chamavam. As festas eram feitas no botequim.

Houveram jovens que foram para o Seminário de Ascurra na década de 1940. Foram: Ivo Petry, Isac Müller e Benjamim Stüpp. Ficou Padre apenas Ivo Petry, da ordem salesiana, que, mais tarde, foi professor de música, inclusive ampara meninos de rua. Já da Comunidade de Santo Antônio quatro jovens foram para o Seminário: Um para Massaranduba, um para Ituporanga e dois para Taió. Ficaram quatro anos e voltaram para casa.

Houveram também moças que foram para o conveto: Maria Virginia Gesser, Sofia Höeppers e Verônica Mees. Todas as três ficaram religiosas da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, Congregação esta de Santa Paulina, trabalhando em hospitais e cuidando dos doentes.

O primeiro cemitério foi feito junto com a capela, em 1937, onde permanece até hoje. Já em 09/04/1938 foi realizado o primeiro sepultamento, de Maria M. Schmidt, esposa de José Schmidt. Como na época não havia recursos médicos morreu dando à luz, com 42 anos.

Com a primeira capela também existia o botequim, onde o povo tomava café após a Missa que era celebrada de manhã cedo. Para comungar os fiéis precisavam estar em jejum. Assim, depois da Missa todos tomavam seu café com pão com manteiga, bolo e cuca. O botequim também servia para as festas. O povo era muito devoto, ninguém faltava à Missa, nem ao Culto nos domingos.

O sistema sanitário era composto por uma patente com fossa. A água para o botequim era carregada com balde.

Santo Antônio também nos primeiros anos teve seu botequim. Depois foi feito um pequeno salão de madeira que, mais tarde, era pequeno para as festas do padroeiro. Este foi arrancado e, com muito sacrifício, foi feito um salão de alvenaria que hoje oferece como lazer uma cancha de bocha. Acontecem, também, encontros da 3ª Idade, Bingo. Lá também acontece a Catequese. Pela fiscalização está tudo dentro da lei, e há uma óima equipe do CPC. Há, também, três ministras que formam a equipe do Culto. A equipe de canto conta com três violeiros. Existem, hoje, três catequistas.

Alguns fatos marcantes: De 1940 a 1950 haviam algumas Congregações na Comunidade. Os homens eram da Congregação Mariana, uma ordem salesiana de Dom Bosco. As mulheres era da Cogregação de Maria Auxiliadora, também de Dom Bosco. As moças solteiras tinham a Congregação dos Filhos de Maria. Todos possuiam o seu hino e uma fita com medalha que carregavam no pecoço durante a Missa.

Outro fato marcante foi em 1956, quando ocorrei a divisão da Comunidade e se formaram Santo Antônio e São Martinho. No início houve muita briga entre as Comunidades. Hoje, graças a Deus, depois de outra geração, as duas comunidades têm muito em comum. Festejam juntos, fazem torneios de bocha, jogos de futebol. As duas comunidades formam, juntas, um grupo da 3ª Idade, que tem por nome “Grupo Nova Vida Santo Antônio e São Martinho”. Realizam seus encontros um a vez por mês, uma vez em São Martinho, outra vez em Santo Antônio.

A primeira visita do Bispo aconteceu na década de 1940. Foi uma grande festa. Uns 200 metros antes da igreja foram plantadas árvores, que foram enfeitadas com papel colorido para o Bispo passar. Foi recebido com fogos, muitos aplausos e um belo discurso. Nesta visita foram crismadas todas as crianças, desde bebês até adultos.

Santo Antônio teve sua primeira visita do Bispo D. Tito, que foi recebido com muita alegria, com fogos, aplausos e muita festa.

Hoje recebe-se o Crisma quando jovens e como são poucos, duas ou três comunidades reúnem os crimandos e a Crisma acontece em uma igreja apenas.

 

Dia do Santo Padroeiro

13 de junho

 

Endereço

Santo Antônio

Aurora/SC

CEP 89.186-000

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